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Médico e padres fazem apelo à população de João Pinheiro para o combate à dengue

Cidade permanece com altíssimo número de casos e tem registrado mortes em razão de dengue hemorrágica

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Além do poder público, diversos representantes da sociedade civil têm se mobilizado para tentar pôr um fim à epidemia de dengue na cidade de João Pinheiro. Segundo o último boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde, a cidade registrou, de 17 de fevereiro a 16 de março, 432,81 casos por cada 100 mil habitantes. Na zona de risco, é o segundo grau mais alto.

Segundo o padre Hilton Rodrigues Santana, pároco da São Cristóvão, “a dengue é um problema de todos nós e precisamos tomar consciência deste fato e fazer nossa parte”.

“Se a gente não lutar junto, nunca conseguiremos vencê-la. A dengue está aí e temos de fazer nossa parte, limpando nossos quintais, tampando os ralos e os vasos sanitários e não deixar lixo porque tudo que fizermos poderá se voltar contra nós. Também é preciso deixar o poder público fazer sua parte, com a entrada dos agentes de combate a endemias nas residências”, declarou o padre.

Mesma opinião tem Wagner José dos Santos, pároco da Sant’Ana dos Alegres. “Nossas Paróquias começaram um trabalho de conscientização na luta contra a dengue e esperamos que toda população participe, limpando seus quintais e sua casa, tirando recipientes que acumulem água, colocando areia nos vasos de plantas, olhando as calhas e atrás da geladeira e mantendo a cidade limpa. Fazendo nossa parte, podemos recorrer aos nossos representantes para que façam a parte deles. Unidos seremos muito mais na luta contra a dengue”, afirmou o padre.

Wagner também chamou atenção das pessoas que não deixam os agentes de combate a endemias entrarem em terrenos ou residências. “Não há porque temer. Se você abre sua casa para os agentes irem e fazer vigilância, estará contribuindo para o bem de todos. Eles sempre vão com identificação e trabalham não em nome do município, mas em nome da saúde de todos”, finaliza.

Já o médico cardiologista Carlos Rocha enfatizou a quantidade de óbitos que têm ocorrido em João Pinheiro em razão da doença transmitida pelo mosquito aedes aegypti. “Nos últimos 30 dias tivemos vários casos de óbitos relacionados à dengue hemorrágica. É preciso que toda a população se empenhe no combate ao mosquito. A dengue é um problema de todos os cidadãos de João Pinheiro. É preciso que a gente abrace essa cause, insista, batalhe e trabalhe todos os dias e todas as horas no combate”, exclama o profissional da saúde.

Pra ele, considerando uma população de 50 mil habitantes, João Pinheiro tem um número de casos extremamente alarmante. “O cenário é favorável à calamidade. Temos uma sociedade que não se empenha e um sistema de saúde público que não consegue atender todos os casos”, desabafou o médico.

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