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Operação do Ministério Público prende vereador de Paracatu

Ragos Oliveira dos Santos foi preso na manhã desta quinta-feira (28) e conduzido para o presídio da cidade

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O vereador e ex-presidente da Câmara de Vereadores, Ragos Oliveira dos Santos, foi preso na manhã desta quinta-feira (28) na segunda fase da Operação Deuteronômio, deflagrada pelo Ministério Público do Estado de Minas Gerais por meio do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado).

Ragos Oliveira dos Santos será encaminhado para o presídio local, onde aguardará a instrução do processo. Também foram concedidas outras medidas cautelares diversas da prisão.

Ele é suspeito de integrar organização criminosa que atuava na Câmara de Vereadores de Paracatu para fraudar licitação de publicidade e comunicação da Câmara. Segundo apontam as investigações, os valores utilizados, na verdade, retornavam em forma de promoção pessoal de Ragos, então presidente da Casa de leis. Também há participação de assessores parlamentares e empresários no esquema.

O requerimento de prisão preventiva contra Ragos teve como base a garantia da ordem pública, por haver risco de reincidência criminosa e gravidade dos crimes, e para evitar possíveis intimidação e coação de testemunhas ou destruição de provas. Requerida pelo Ministério Público, a prisão do vereador foi autorizada pelo juiz José Rubens Borges Matos titular, da Vara Criminal de Paracatu.

Primeira fase

Na primeira fase, deflagrada em outubro de 2018, foram cumpridos diversos mandados de busca e apreensão nas residências dos investigados, na Câmara Municipal de Paracatu e no escritório da empresa Neocom, em Belo Horizonte, oportunidade em que foram apreendidos diversos documentos e aparelhos celulares, contendo informações importantes para a investigação.

Após oito meses de investigação foi oferecida denúncia contra os proprietários da Neocom, Bruno Freitas Campos e Flávio Eduardo Barcelos Bastos, as assessoras Janaína Lopes de Moura e Flávia Adjuto Dayrell, e o vereador Ragos Oliveira dos Santos e sua filha Camila Gouveia Santos, por terem incorrido nos delitos de organização criminosa, corrupção passiva e ativa, fraude à licitação e tráfico de influência. Quando somados, os crimes podem chegar a uma pena máxima de 33 anos de prisão.

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