Um médico da cidade Paracatu, relatou à Polícia Militar que foi extorquido por um travesti no dia 26 de outubro de 2019. O homem contou aos policiais que marcou um encontro pela internet com o travesti, até então sem saber que era um travesti, e que desistiu do encontro após constatar a situação, momento em que o travesti o obrigou com um canivete a irem para um motel, onde o médico foi obrigado a passar para ele a quantia de R$ 9.000,00 (nove mil reais).

O médico relatou que conheceu uma suposta garota no aplicativo Tinder e marcou um encontro. Quando se encontraram no local programado, assim que constatou que o autor era travesti, o médico solicitou que ele descesse do carro. Neste momento, o travesti o ameaçou com um canivete e ordenou que seguissem para um motel.

Ao chegarem no motel, segundo o médico, passados 10 minutos, mais duas pessoas chegaram em uma motocicleta e entraram no quarto e ajudaram o travesti a ameaçá-lo. O travesti ordenou, mediante violência e ameaças, que o médico passasse seu cartão em uma máquina no valor de R$ 9.000,00 (nove mil reais).

Depois disso, o médico foi obrigado a tirar suas roupas e o travesti fez filmagens, ameaçando divulgá-las nas redes sociais.

No final, o médico foi deixado pelo travesti no acostamento da BR-040. Segundo ele, já no dia seguinte, o autor continuou com as tentativas de extorsão, ameaçando divulgar as imagens caso o médico não lhe transferisse mais R$ 6.000,00 (seis mil reais), o que se repetiu no dia 28.

O travesti contou à Polícia que havia combinado um programa com o médico e que realizou tudo o que fora combinado, mas que não recebeu corretamente pelos serviços. Afirmou, ainda, que de fato fez as filmagens e que ameaçou divulgá-las caso não houvesse o pagamento do valor combinado, o qual, segundo ele, era a quantia de R$ 6.000,00 (seis mil reais).

O fato será apurado pela polícia e o travesti, caso se constate as alegações do médico, responderá pelo crime de extorsão, cuja pena é de reclusão, de quatro a dez anos e multa.