InícioMinas GeraisSecretaria de Saúde identifica mortes por coronavírus em duplicidade em Minas Gerais

Secretaria de Saúde identifica mortes por coronavírus em duplicidade em Minas Gerais

Óbitos registrados duas vezes foram notados no processo de atualização do sistema estadual de notificação de casos feito ao longo desta semana

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Após mais um dia de recorde no número de mortes por Covid-19 em Minas Gerais, o secretário de Saúde, Carlos Eduardo Amaral, atribuiu a flutuação nos dados nesta semana à atualização feita no sistema de notificação de casos no Estado e revelou que mais de 50 mortes foram contadas duas vezes. Minas registrou, nessa quarta-feira (5), 152 óbitos por coronavírus nas últimas 24 horas, chegando a 3.195 vidas perdidas pela enfermidade.

“Nós teremos essa semana toda de atualização de dados, então é de se esperar que tenhamos algumas flutuações no número de óbitos, até que voltemos ao número anterior. Nós já identificamos mais de 50 óbitos em duplicidade, então esse trabalho tem que ser feito com calma, até que a atualização seja estabilizada, até que voltemos ao número de óbitos padrão”, explica o secretário. Ele ressaltou que não necessariamente as mortes registradas nesta quarta-feira aconteceram nas últimas 24 horas.

Essa discrepância, segundo Carlos Eduardo Amaral, se deve ao processo de sincronização do sistema estadual de notificação com o federal. A Secretaria de Estado de Saúde (SES) de Minas Gerais trabalha para equiparar a contagem de casos de Covid-19 ao Sivep-Gripe, que é do governo federal. Essa mudança, de acordo com o secretário, causaria um aumento no número de registros, uma vez que o sistema do ministério da Saúde está mais atualizado que usado até semana passada pelo Estado.

De acordo com o último boletim epidemiológico do governo, Minas tem 33.195 óbitos por Covid-19. Ao todo, 139.661 pessoas se infectaram pela doença, 108.364 se recuperaram, e 28.102 casos estão em acompanhamento.

Pico

Na avaliação do secretário de saúde, o pico do índice de contágio pela doença está acontecendo em níveis menores que os previstos inicialmente. “Nós tínhamos previsões que mostravam que teríamos maior número de casos entre meados e julho e meados de agosto. Como não gostaríamos que tivemos o pico começamos a tomar algumas atitudes, fazendo reuniões com prefeituras. Neste momento, o que estamos vendo é que não chegamos naquele nível tão alto, mas estamos em um platô em um nível relativamente alto”, analisa Carlos Eduardo.

Um dos fatores que podem contribuir para o aumento da circulação da Covid-19 em Minas Gerais é o frio. Mas o secretário acredita que, em função dos cuidados adotados para conter a doença, o impacto nos índices de contágio não será significativo. “Todas essas doenças respiratórias tendem a ter uma transmissão maior na época de frio, então é de se esperar que o coronavírus venha a ter uma circulação maior, mas como é um momento único da sociedade nesse século, nós estamos entrando no inverno com o maior cuidado possível em relação às doenças respiratórias. Hoje nós já temos a noção de que é importante manter a ventilação do ambiente, usar máscaras, higienizar as mãos. O frio pode trazer alguma mudança, mas não seria tão impactante”, diz.

FonteO Tempo
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Geraldo
3 anos atrás

OS INTENDIDOS NÃO SABE CONTAR NEM OS MORTOS, TA IGUAL O IBGE NAO SABE CONTAR OS VIVOS.

Leonardo
3 anos atrás

No texto diz que Minas tem 33.195 óbitos por Covid-19, com certeza foi um erro de digitação, favor corrigirem.